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Conheça mais sobre a Hepatite e saiba como evitá-la.

O drama vivido ao diagnosticar a Hepatite C é compartilhado diariamente por milhares de brasileiros e serve como alerta para a população sobre a gravidade da doença que pode ser prevenida.

O grande problema da hepatite é que ela é uma doença assintomática (que não apresenta sintomas), com exceção dos casos em que o paciente apresenta olhar amarelado e muito cansaço.

A hepatite pode ser causada por cinco vírus diferentes. As do tipo A e E são consideradas benignas e podem ser contraídas através do consumo de alimentos sujos ou água imprópria. Já a do tipo D é típica da região da Amazônia e as B e C são transmitidas por relações sexuais ou com o sangue contaminado.

Os vírus B e C são mais preocupantes porque podem se tornar crônicos e, em alguns casos, levar a morte.

De fato, 10% dos portadores de hepatite B acabam se tornando pacientes crônicos, os números são elevados para 70% nos casos do tipo C. Uma pesquisa realizada recentemente nos Estados Unidos aponta que em 2003 a hepatite crônica será a principal causa de morte entre os norte-americanos. Sabes-se ainda que o vírus da hepatite pode demorar até dez anos para manifestar seus primeiros sintomas.

Por essa razão, os médicos recomendam que todas as pessoas que receberam transfusão de sangue ou entraram em contato com grupos de risco antes de 1992 façam o exame preventivo. A doença tem avançado muito e os números de mortes por hepatite está cada vez maior. Também é importante que as mães façam o exame junto com o pré-natal, porque 5% das mulheres grávidas transmitem a doença para seus filhos.

Tipos da doença.

TIPO A- geralmente ataca mais as crianças. É benigna, tem cura e se transmite através de alimentos sujos.

TIPO B- é um dos casos graves da doença. Na maior parte das vezes é transmitida através de relações sexuais, mas também pode ser contraída pelo contato com sangue contaminado. 70% dos casos se tornam crônicos.

TIPO C- pega-se através do sangue ou de relações sexuais. 30% dos casos se tornam crônicos.

TIPO D- pega-se através do sangue, mas é típico da região da Amazônia.

TIPO E- assim como o tipo A, é considerado benigno, exceto para mulheres grávidas, e se transmite através de alimentos contaminados.

Tratamento

O primeiro passo é procurar um médico especialista que irá indicar a medicação necessária. O tratamento é necessário nos casos de hepatite crônica. Atualmente, esses remédios, que custam aproximadamente mil reais por mês, são doados gratuitamente pelo Ministério da Saúde do Brasil.

O índice de cura chega a 60% incluindo os pacientes que mesmo tendo o vírus não desenvolvem a doença. Mesmo assim os números são assustadores. De cada 100 pessoas contaminadas, 30 se curam sem qualquer tipo de medicação e outros 70% se tornam portadoras crônicas. Destes, 40 terão uma doença leve e o restante tende a desenvolver cirrose hepática.

A cirrose hepática ataca o fígado e chega a "feri-lo" de tal forma que o paciente precisa ser submetido à um transplante de órgão.

O tempo de espera para a operação é de aproximadamente um ano. Em estágios mais avançados, apenas 2% dos que contraem a doença, a hepatite pode levar à um câncer hepático que, na maioria das vezes, é fatal.

Como evitar

1- Procure lavar os alimentos antes de ingeri-los
2- Use preservativos.
3- Use seringas, alicates, barbeadores descartáveis
4- Faça o exame pré-natal.
5- Pessoas que sofreram transfusão de sangue ou mantiveram relações sexuais sem uso de preservativos antes de 1992 devem fazer o exame.

Obs: A acupuntura e a tinta da tatuagem (mesmo que a agulha seja descartável podem transmitir o vírus da hepatite).

Dra. Maria Cristina Santoro Biazotti
Especialista em Medicina Reprodutiva, com formação na Clinique Saint-Antoine, serviço do Prof. Dr. PATRICK BASTIT, Rouen, França e Maternité Port-Royal, Paris, França.

 
 

 
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