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Depressão e Lítio

Prezado Doutor,

Há dois anos tomo medicamentos para depressão. Entre eles, está o Carbolitium. Faço análise semanalmente com psiquiatra, mas sem orientação médica, diminuí de 3 para 1 comprimido diário.

Preciso saber as possíveis conseqüências desta diminuição no remédio, já que o nível de litio em meu organismo e de 0.3, isso antes de minha decisão de diminuir a dose do medicamento.

Qual e a media necessária de litio? Por que meu organismo não o produz? Precisarei tomar ate quando este medicamento? Se eu quiser engravidar, ha riscos para a criança? Quais?

Desde já agradeço pela resposta.

Um abraço,

Sandra

Prezada Sandra,

Você não deve diminuir nem aumentar a dose do Carbolium sem consultar o seu médico. Esta medicação possui o que chamamos de "pequena janela terapêutica", ou seja, esta medicação deve ser dosada constantemente no sangue pois se diminuir a sua taxa ela não faz efeito e se aumentar acima de certo nível pode produzir um efeito tóxico muito desagradável. Portanto, converse com seu médico sobre o ocorrido e volte a seguir estritamente o que ele a recomendar em relação a esta medicação.

O lítio não está diminuído no seu organismo e isto não é a causa de sua depressão. O lítio ajuda no tratamento da depressão, mas não se sabe explicar ainda seu mecanismo de ação. Ele ajuda muito, principalmente se você tem uma depressão resistente ao tratamento apenas com antidepressivos ou se você apresenta eventualmente episódios de mania. Neste último caso estamos falando do transtorno bipolar, no qual a pessoa tem períodos de depressão e episódios de mania.

O lítio geralmente é utilizado por muitos anos, mas depende especialmente do seu caso e apenas seu médico pode dizer o tempo e a dose que será necessário para você.

A dose ideal depende muito do seu tipo de depressão, portanto, apenas seu médico tem condições de dizer quantos comprimidos você deverá tomar. Caso você esteja pensando em engravidar nos próximos meses, converse com seu médico a possibilidade de suspender o lítio. Ele está comprovadamente associado a mal formações congênitas, principalmente com anormalidades cardíacas, especialmente a anomalia de Ebstein.

Além do lítio, não há evidências claras de que qualquer antidepressivo cause (ou não) mal formações congênitas. Há uma suspeita geral de que qualquer droga pode ser ruim para o feto e nenhum médico sente-se à vontade para prescrever medicamentos a uma paciente no início da gravidez ou que pretende engravidar. É claro que, sempre que possível, a terapia com drogas deve ser evitada em tais circunstâncias.

Infelizmente, existem algumas mulheres que apresentam depressão importante e desejam engravidar. Nestes casos espera-se que a pessoa esteja assintomática, psicologicamente estável para gestação e em condições sociais adequadas. Assim, pode-se tentar evitar a medicação nos primeiros três meses de gravidez, reduzindo-se bastante o risco de anormalidade fetal.

Dr. Tárcio Carvalho - Psiquiatra - Recife - PE



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