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Drogas

Em nosso meio social existem diversas drogas, algumas consideradas proibidas, estando sujeito a detensão seus usuários.
Entretanto existem também as drogas legais, isto é, aceitas pela sociedade sem discriminação, que é o caso do cigarro industrializado.

Sabe-se que são drogas oriundas de plantas diferentes, mas que para serem utilizadas passam por vários processos até chegarem a seus aficionados.

Se tratam de drogas que quando tragadas, basta segundos para que entrem na corrente sanguínea e enseguida transportadas até o cérebro.
Chegando lá, o cérebro percebe a presença de algo desconhecido, mas logo se habitua e passa a exigir a cada dia doses maiores para saciar-se,
transformando assim, o usuário em um viciado em potencial.

Minha pergunta inicia-se a partir deste preâmbulo.

Hoje em dia qualquer fumante ativo(de cigarros) que tenha 40 ou 50 anos de idade, indiscutivelmente "começou a agir dessa forma egoísta"
na adolescência, entre 15 e 18 anos de idade.
No entanto, fumantes de maconha dificilmente chegam a esta idade, mas quando conseguem esta façanha insólita,
nota-se que o cérebro está completamente afetado pelo uso da droga.

Apesar de atacar vorazmente nosso organismo, o cigarro não prejudica na capacidade de raciocinar e na intelecção das pessoas,
existindo fumantes que vivem muito além dos 70 anos de idade, fato que não acontece, em nenhuma circustãncia com os viciados em maconha.
QUAL A EXPLICAÇÃO QUE SE DÁ PARA ISTO ?
QUAL DESTAS DUAS DROGAS SÃO MAIS NOCIVAS À SAÚDE ?
POR QUÊ OS MÉDICOS PRESCREVEM O USO DE MACONHA?

Jaderson

A resposta à sua pergunta é, ao mesmo tempo, simples e complexa.

O intelecto e raciocínio dos fumantes crônicos realmente não parecem ser afetados pelo uso contínuo da nicotina
(ao contrário, muitos fumantes até referem que essas faculdades mentais melhoram após fumar, e que a abstinência do fumo provoca uma lentificação intelectual em muitos deles).

A razão é que a nicotina, um alcalóide para o qual existem receptores nas membranas das células do cérebro (parecidos com um transmissor químico natural do cérebro, chamado acetilcolina),
estimula, mas não leva a nenhuma lesão cerebrala longo prazo.

Entretanto existem evidências que a nicotina altera permanentemente a bioquímica cerebral, elevando o nível de um transmissor chamado dopamina.
Tanto é assim, que existem trabalhos científicos mostrando que existem 50 % menos doentes de Parkinson e de Alzheimer
(duas sérias doenças degenerativas do sistema nervoso) entre os fumantes do que entre os não fumantes
(estas doenças se caracterizam por uma diminuição dos transmissores citados).

Já com relação à maconha, o componente ativo, tetra-hidrocanabinol (THC) é um forte agente ativo sobre o sistema nervoso central,
que em dosagens altas pode provocar alucinações, perda de memória, e vários outros sintomas graves, indicativos de lesão cerebral, inclusive psicose.
Numerosos estudos mostraram que usuários crônicos de maconha tem indícios de lesão cerebral permanente.

Ambas as drogas são nocivas a saúde, cada uma a sua maneira.
Fumar (tabaco ou maconha) coloca para dentro dos sistemas pulmonar e cardiovascular um sem-número de substância as perigosissimas,
geradoras de câncer, lesionadoras do tecido pulmonar, etc.
A nicotina é muito aditiva (provoca vício), assim como o THC, levando a pessoa a negligenciar sua saúde.

Quanto a sua pergunta sobre porque então os médicos estariam prescrevendo maconha, quero dizer que isso só ocorre legalmente num estado americano, a Califórnia,
e mesmo assim o Presidente Clinton disse que os médicos estarão sujeitos a serem punidos pela legislação federal americana.
Recomendo você ler meu artigo "Maconha Medicinal", na sessão de Debate& Opinião.

Prof. Dr. Renato M.E. Sabbatini
 
 

 
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