Outras
manifestações não motoras podem ocorrer como:
alteração da personalidade (apatia, ansiedade, labilidade
emocional, etc...), demência, desorientação
espacial, paranóia, psicose, alucinações,
perda de concentração, dificuldade na formação
de conceitos, depressão, distúrbios do sono, disfunção
sexual, hipotensão ortostática (queda da pressão
arterial ao ficar de pé), calafrios, constipação
(prisão de ventre), disfunção esfincteriana,
dormências, fadiga, perda de peso e alterações
visuais, olfatórias e do aparelho vestibular.
A
idade média de seu aparecimento é em torno dos 55
anos sendo mais comum no homem que na mulher numa relação
de 3:2.
São
diferenciados dois grandes subtipos da Doença de Parkinson
(DP): o primeiro possui como achado predominante o tremor e um
segundo onde ocorre instabilidade postural e dificuldade na marcha
(a chamada marcha de pequenos passos). O primeiro subtipo é
associado com relativa preservação do estado mental,
época de aparecimento mais precoce e progressão
mais lenta da doença. Já o segundo revela mais bradicinesia
(incluindo falta de expressão facial), demência e
curso progressivo mais rápido.
O
tremor de repouso e a bradicinesia (raridade e lentidão
dos movimentos, imobilidade gestual, raridade do piscar, expressão
facial fixa, impassível e inespressiva sobre a qual não
se refletem mais as emoções, redução
do balançar dos braços ao se andar, dificuldade
de realizar movimentos repetitivos e simultâneos, fala monótona,
etc...) são os sinais parkinsonianos mais típicos
e virtualmente sinônimos do diagnóstico.
Como
causas da Síndrome podemos citar:
- Primária (idiopática) - Doença de Parkinson
propriamente dita
- Adquirida (secundária) - infecções, drogas,
toxinas, vasculares (múltiplos infartos cerebrais), trauma
(encefalopatia do pugilista) e outras (alterações
da paratireóide), hipotireoidismo, degeneração
hepatocerebral, tumores cerebrais, etc...
- Heredodegenerativa
- Outras (degeneração estriatonigral, Doença
de Wilson, Doença de Huntington, etc...
A
patogênese da doença é revelada por perda
neuronal (células do sistema nervoso) com despigmentação
da substância nigra no Sistema Nervoso Central e por inclusão
celular citoplasmática e osinofílica nos neurônios
com acúmulo e agregação de filamentos.
Essas
anormalidades são mais vistas em determinadas regiões
do cérebro como o putamen. Ocorre perda de cerca de 80%
dos neurônios dopaminérgicos na substância
nigra e o mesmo grau de de pleção de dopamina também
é vista no núcleo estriado e caudado.