As
principais funções do nariz são:
- aquecimento
- filtração
- umidificação
do ar inalado
- o
sentido do olfato
- conservação
da água e do calor exalado
O nariz tem ainda boas características de um ar condicionado,
o ar à temperatura ambiente, inalado através do nariz, é aquecido
a 30º C até chegar à faringe e é quase saturado com água. O nariz
interno é constituído por passagens estreitas e semelhantes a
fendas, que propiciam um contato íntimo entre o ar inalado e as
mucosas, que fornecem água (muitas glândulas) e calor (alto fluxo
sanguíneo) ao ar inalado. A forma das cavidades nasais facilita
a retenção de partículas inaladas (sobretudo as de tamanho
grande) e dos gases (hidrossolúveis). A boca é um substituto conveniente
para o "ar condicionado" nasal em condições basais normais. A
respiração pelo nariz é preferível, quando indivíduos com vias
aéreas hiperreativas expõem-se a estímulos ambientais.
O
termo rinite descreve uma doença inflamatória da mucosa nasal
porém, nem sempre este termo é apropriado, uma vez que pode ocorrer
secreção, prurido/irritação, congestão e espirros sem inflamação.
Causas dos sintomas nasais -
FATORES
MECÂNICOS = Corpo estranho, desvio de septo, pólipos nasais,
tumores da nasofaringe, tumores do nariz e dos seios paranasais,
atresia congênita das coanas e meningocele.
INFECÇÕES
= Infecções virais, infecções bacterianas, adenoidite, sinusite,
hanseníase, imunodeficiência, síndrome de Kartagener.
ALERGIA
= Rinite alérgica sazonal, rinite alérgica perene, sintomas
recidivantes nas vias aéreas.
OUTRAS
= Rinite vasomotora, rinite medicamentosa, gravidez, anti-hipertensivos,
granulomatose de Wegener, fibrose cística, liquorréia, rinite
atrófica.
Como você pode observar vários são os fatores causadores dos sintomas
nasais, tendo necessidade de um diagnóstico correto para instituir-se
um tratamento eficiente. Todas as pessoas ocasionalmente exibem
sintomas de rinite: secreção, espirros e congestão nasal, portanto,
é difícil diferenciar o estado normal de uma patologia, sendo
necessárias medidas quantitativas. Não existe uma definição universalmente
aceita de rinite, na prática rotineira pode ser feito o seguinte:
em primeiro lugar, é preciso descartar outras enfermidades e anormalidades
estruturais. A seguir, diferencia-se a doença purulenta da não
purulenta e os pacientes alérgicos dos não alérgicos. O grupo
não-alérgico e não-purulento subdivide-se em eosinofílico e não-eosinofílico.
Os termos rinite infecciosa (purulenta), rinite alérgica e rinite
vasomotora (não-alérgica) são empregados comumente no diagnóstico
de rotina.
A rinite não-alérgica caracteriza-se por hiperatividade reflexa
e mucosas hiper-reativas. Um "desajuste do ar condicionado nasal"
parece ser a única anormalidade existente em um subgrupo de pacientes
(ausência de eosinofilia), enquanto outro subgrupo exibe tanto
hiperreatividade como inflamação (eosinofilia).
As reações alérgicas no nariz são comuns, pois os alérgenos inalados
ficam retidos pelo filtro nasal.
O
que fazer para tratar a rinite? Primeiramente você deve procurar
um otorrinolaringologista que diagnostique qual é o tipo de sua
doença e proponha um tratamento; depois, você deve seguir este
tratamento e fazer controles com seu médico para que ele vá corrigindo
os problemas à medida que vão surgindo, não aconselho ficar trocando
de tratamento constantemente. Certamente você encontrará um tratamento
que será mais eficiente para seu problema.
Dr.
Paulo César Madi - Clínica Médica - Santo
Antônio da Posse - SP