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O
que é SER MULHER? |
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Adriana Marques dos Santos
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Pergunta
geradora de muitos questionamentos em solo fértil de
tantas respostas. SER MULHER ... assumir polaridades feminino-masculino,
criando e re-criando, como em um caleidoscópio, imagens
e formas de viver. Viver sendo, fazendo, conhecendo e re-conhecendo
a criação construída a cada dia. Momento
fugaz que mostra e esconde a essência do feminino presente
em todos nós.
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Mulher-criança,
mulher-adolescente, mulher-madura, mulher-mulher, que assume
papéis diversos. Heroínas do viver, quando o
viver é prova de flexibilidade.
Mulher-mãe, sedutora, intelectual, espiritualizada,
facetas de um mesmo ser que aparecem - desaparecem no jogo
de luzes e sombras. Escolhe, enterra, desenterra, descobre,
mistura possibilidades, caminhos de SER, encontros consigo.
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No
início da vida no planeta Terra foi centro de tudo.
Grande geradora, com poderes de criar, cooperar, plantar e
colher frutos para alimentar, nutrir. Depois transformou-se
em "propriedade". Quando descobriram a competição
pela escassez, o Sedentarismo, as armas, e que o compartilhar
das sementes e do sexo era necessário para gerar novas
vidas, tornou-se cativa. Fixada na polaridade feminina, represando
o rio caudaloso da polaridade masculina.
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Em
um salto de milênios e gerações , surge
novamente a necessidade da participação da mulher
no âmbito público através do trabalho.
O suor nas fábricas marca a Revolução
Cultural... Industrial... novos tempos, novos papéis
- emblema da Dupla... Tripla jornada de Trabalho. Do espaço
doméstico volta-se também para o espaço
público, domínio masculino. Surge a necessidade
do delimitar, rompendo os limites, regras anteriores. Na década
de 60 surge o Movimento Feminista, buscando desmoronar barreiras
e diferenças ... rever papéis, direitos, costumes.
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Homens
e mulheres degladiam-se pela igualdade... de condições,
de direitos, de efeitos, de papéis, de salário,
de respeito. Esquecem da mínima diferença que
aparta, une e facilita a construção da singularidade
nas relações Homem-Mulher. Identidades construídas
a partir de polaridades que se cruzam e entrecruzam na busca
do SER-EU, SERMOS NÓS.
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Homens
e mulheres se fazem gênero na relação
escolhida, talhada, esculpida com homens e mulheres. Pai,
Mãe, irmãos, irmãs... primeiros modelos,
referências das construções ao longo da
vida do que é SER MULHER. Que papéis assumir?
Quando? Onde? Como? O que é meu e o que é do
outro? Mulher-executiva, Mulher-Política, Mulher-afeto,
Mulher des-afeto... mulher... simplesmente mulher. Mas, que
mulher?
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Mulher
em busca, nas relações, no ser feminino-masculino,
passivo-ativo, movimentos opostos e complementares. Mulher,
Homem, espaços distintos delineados com o mesmo jogo
de opostos (feminino, masculino). Então, onde está
a diferença, o limite? Mulher e homem, como sair da
competição pelo mesmo espaço? Como ser
diferentes na igualdade? Sair do mito de papéis pré-estabelecidos,
construindo realidades peculiares a cada relação?
Como desapegar da necessidade de controlar o outro, sobrepujando
e anulando-o? Homem, mulher, como alcançar os matizes
do viver - cooperar, plantar e colher frutos da simplicidade,
saindo da complexidade do competir, retomando a possibilidade
do dividir? Criar, metamorfoseando novas gerações,
ideais, diferenças, semelhanças, territórios
divididos, compartilhados, negociados. É possível?
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Adriana
Marques dos Santos
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Psicóloga
formada pela UERJ, Gestalt-terapeuta, especializada em Grupos
pela Universidad de Barcelona. Atualmente em formação
em Psicoterapia Reichiana. Atende individualmente e a grupos.
Atualmente desenvolve trabalho específico com GRUPOS
de MULHERES - espaço para reflexão, no Portal
Violeta, Tijuca. Telefone: 21 234-2533.
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