Informações
fornecidas pelo Ministério da Saúde '
Na
hora de comprar medicamentos, o que fazer para se proteger
de falsificações?
Você
tem acompanhado as denúnicas pela imprensa e sabe que
há verdadeiras quadrilhas de falsificadores de medicamentos
agindo no país, colocando em risco a saúde da
população. A imprensa também tem mostrado
as ações do Ministério da Saúde
e da polícia para investigar e punir os criminosos, tirando
de circulação os medicamentos falsos. Foi também
aprovada, com urgência, uma nova lei que endurece as punições:
falsificar medicamentos, agora, pode dar até 30 anos
de prisão. No entanto, você continua precisando
comprar medicamentos. Esta cartilha pode lhe ajudar a se proteger,
tirar suas dúvidas e agir com mais segurança.
Fique atento às recomendações e defenda
sua saúde.
SÓ
TOME MEDICAMENTOS POR RECEITA DO SEU MÉDICO. Nada
de seguir conselhos de vizinhos, de pessoas da família
ou de balconistas de farmácia ou drogaria. Você
pode ter surpresas com doses erradas, efeitos imprevistos ou
até agravar uma doença por tomar um medicamento
errado e sem efeito.
Só
compre medicamentos em farmácias e drogarias, de preferência
aquelas que você já conhece. NUNCA COMPRE MEDICAMENTOS
EM FEIRAS E CAMELÔS. Muita atenção com promoções
e liquidações: preços muito baixos podem
indicar que o medicamento tem origem duvidosa, nenhuma garantia
de qualidade ou até mesmo pode ser produto roubado.
EXIJA
SEMPRE A NOTA FISCAL da farmácia ou drogaria. Nela deve
constar, além do nome do medicamento, o número
do lote.
GUARDE
COM VOCÊ a nota fiscal, a embalagem e a cartela
ou frasco do medicamento que está sendo usado. Eles são
seu comprovante, em caso de irregularidade, para você
poder dar queixa.
SE
O MEDICAMENTO FALHAR, PROCURE IMEDIATAMENTE SEU MÉDICO.
Se o medicamento que sempre foi eficaz deixar de fazer efeito
de repente ou se a pessoa que está usando o medicamento
piorar, recorra ao médico. Ele vai corrigir o tratamento
da doença e pode mandar o medicamento suspeito para ser
testado pela Vigilância Sanitária.
Na
hora da compra, VERIFIQUE SEMPRE na embalagem do
medicamento:
- Se
consta a data de validade do produto. (1)
- Se
o nome do produto está bem impresso e pode
ser lido facilmente. (2)
- Se
não há rasgos, rasuras ou alguma
informação que tenha sido apagada
ou raspada.
- Se
consta o nome do farmacêutico responsável
pela fabricação e o número
de sua inscrição no Conselho Regional
de Farmácia.
- O
registro do farmacêutico responsável
deve ser do mesmo estado em que a fábrica
do medicamento está instalada.
- Se
consta o número do registro do medicamento
no Ministério da Saúde.
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SOROS
E XAROPES DEVEM VIR COM LACRE.
Isso é obrigatório para todos os medicamentos
líquidos. |
A
BULA NÃO PODE SER UMA CÓPIA XEROX.
Se a bula do medicamento não for original, não
aceite o produto.
NÃO
COMPRE medicamentos com embalagens amassadas, lacres rompidos,
rótulos que se soltam facilmente ou estejam apagados
e borrados.
CASO
VÁ APLICAR UMA INJEÇÃO na própria
farmácia ou drogaria, compre primeiro a medicação
e verifique tudo o que foi dito acima. Só depois disso
peça para fazer sua aplicação, que deve
ser supervisionada pelo farmacêutico.
SE
VOCÊ COSTUMA USAR UM MEDICAMENTO e já o conhece
bem, ao comprar uma nova caixa não deixe de verificar:
- Se
a embalagem que você está acostumado a ver mudou
de cor, de formato ou se o tamanho das letras no nome do produto
foi alterado;
- Se
o sabor, a cor ou a forma do produto mudou.
PEÇA
AJUDA AO FARMACÊUTICO responsável pela farmácia
ou drogaria para identificar os ítens acima.
É
possível que você tenha dificuldades porque a posição
das informações (validade, lote etc.) na embalagem
varia de um produto para outro: às vezes na tampa, às
vezes no fundo ou na lateral das caixas.
Verifique
se o profissional que está lhe atendendo é o farmacêutico.
O
nome dele deve estar escrito em uma placa, pregada em local
visível na farmácia ou drogaria. Este profissional
deve identificar-se.
DISQUE
SAÚDE
0800-61 1997
EM
CASO DE SUSPEITA OU DIFERENÇA ENCONTRADA, faça
o seguinte:
- Ligue
grátis para o Disque Saúde (0800-61 1997) e
peça orientação;
- Entre
em contato com a Secretaria de Saúde local - Coordenação
de Vigilância Sanitária e conte o que aconteceu;
- Procure
as Delegacias de Repressão a Crimes Contra a Saúde
Pública, da Polícia Federal, e faça sua
denúncia;
- Ligue
para o serviço de atendimento ao cliente do laboratório
que fabrica o medicamento suspeito. A maioria dos laboratórios
tem esse serviço e o número do telefone, com
chamada grátis, vem impresso na caixa do produto.
Os
laboratórios sérios têm tanto interesse
quanto você em descobrir e punir os falsificadores.
RESPONDENDO
ÀS 10 PRINCIPAIS DÚVIDAS DA POPULAÇÃO
O
Disque Saúde tem atendido milhares de chamadas de gente
do país todo. Resumimos aqui algumas das perguntas que
mais têm aparecido e suas respostas. Veja se elas podem
lhe ajudar a se orientar.
1)
As farmácias e drogarias são obrigadas a receber
de volta os medicamentos suspeitos?
Não
existe uma lei clara sobre isso, tratando só de farmácias
e drogarias. Mas o Código de Defesa do Consumidor prevê
que qualquer pessoa que compre seja o que for, ao ficar insatisfeita,
pode apresentar a nota fiscal (com o nome do medicamento e o
número do lote) e exigir o dinheiro de volta. Ou um outro
produto no mesmo valor. Se tiver problemas, ligue para o PROCON
local.
2)
Quem tiver algum problema de saúde por tomar medicamento
falso deve fazer o quê? Quem deve ser responsabilizado
por isso?
Deve
procurar imediatamente o seu médico ou o serviço
de saúde mais próximo de casa, para corrigir o
tratamento.
O
caso deve ser denunciado à polícia e Vigilância
Sanitária de sua cidade, que vão investigar quem
são os responsáveis diretos e indiretos pela falsificação.
Não é possível acusar imediatamente o laboratório,
a farmácia ou a drogaria, que às vezes também
foram vítimas de criminosos falsificadores. Mas, se o
fabricante, o distribuidor ou o vendedor tiverem conhecimento
do caso e não tomarem providências, também
serão responsabilizados.
3)
Quais os perigos de um medicamento falso para a saúde
do paciente?
Variam
muito, dependendo do tipo de falsificação. Se
o medicamento tiver sido diluído ou enfraquecido, a doença
que deveria estar sendo tratada permanece ou piora. Em alguns
casos, isso pode significar risco de vida. Mudanças na
fórmula do produto aumentam as chances de intoxicação,
prejudicando principalmente os rins e o fígado, no caso
de medicamentos de uso permanente. Mesmo quando as drogas são
legítimas, se forem cargas roubadas de laboratórios
ou amostras grátis reembaladas pelas quadrilhas, perdem-se
todas as garantias de higiene e conservação dos
medicamentos.
4)
Há mais riscos de adquirir medicamentos falsos comprando
envelopes avulsos, fora das caixas?
Sim.
Principalmente porque você não tem como conferir
o número do lote, que deve ser o mesmo dentro e fora,
no envelope e na caixa.
5)
Se um produto que não está na lista dos medicamentos
falsificados não fizer efeito, o que devo fazer?
Na
dúvida, ligue para o médico, que poderá
receitar outro medicamento.
Em
relação à suspeita sobre o produto que
não funcionou, você ou o médico devem entrar
em contato com o Disque Saúde (0800 61 1997), com o serviço
de Vigilância Sanitária da cidade ou com a Delegacia
de Repressão a Crimes Contra a Saúde Pública,
da Polícia Federal. Eles podem investigar e providenciar
o teste do medicamento.
6)
Quais são os tipos mais comuns de falsificação?
Elas
vão desde a raspagem da frase "venda proibida"
(no caso das amostras grátis ou medicamentos distribuídos
pela rede SUS) até a mistura dos medicamentos líquidos
com água ou outro diluidor. Também é comum
a retirada de pílulas das cartelas e sua colocação
em frascos, para evitar o controle de validade. Já foram
encontrados casos de produtos totalmente falsos, sem efeito,
feitos de substâncias baratas, como a farinha, moldadas
na forma do medicamento.E também produtos diferentes
do que diz o rótulo da embalagem ou em quantidade menor.
7)
Algum medicamento pode ser considerado totalmente seguro?
Os
falsificadores ganham espaço por causa do hábito
brasileiro de tomar maedicamentos por conta própria.
Afinal, todo medicamento tem um potencial de risco: seja por
doses exageradas, seja por doses menores, que só fortalecem
a doença.
A
maioria dos medicamentos tem contra-indicações.
É preciso levar em conta idade, peso, alergias e outras
doenças, por exemplo. Por isso, sempre é arriscado
tomar medicamento sem orientação médica
e sem necessidade.
8)
E os medicamentos distribuídos pelos hospitais? Também
são fiscalizados?
Sim.
Há uma série de documentos, testes e laudos que
os hospitais têm que exigir antes de comprar os medicamentos
e que devem ser checados ao receber a encomenda; seja de laboratórios,
distribuidores ou importadores. Quem não cumprir a lei
pode ter o hospital fechado e ir parar na cadeia. Nas concorrências
públicas para compra de medicamentos, só podem
concorrer empresas licenciadas pelo Ministério da Saúde.
9)
Existe algum controle sobre o que as farmácias e drogarias
compram?
Sim.
Elas só podem comprar medicamentos de fabricantes e distribuidoras
com autorização legal para isso. O farmacêutico
responsável pela loja tem obrigação de
examinar todos os medicamentos comprados, fugindo dos produtos
ditos de bonificação, porque estes, a princípio,
são produtos suspeitos. Em caso de dúvida, a farmácia
ou drogaria tem a obrigação de parar de vender
o medicamento e avisar imediatamente a Vigilância Sanitária.
10)
Como se controla o que sai de laboratórios, fábricas
e distribuidores?
Sempre
que solicitados, os fabricantes devem apresentar à Vigilância
Sanitária uma lista de distribuidores, atacadistas e
varejistas autorizados a vender seus medicamentos. São
obrigados a informar ao Ministério da Saúde e
à polícia quais os locais onde estão sendo
vendidos cada um de seus lotes, para que se possa seguir as
pistas, em caso de qualquer problema. Também devem informar
os nomes de seus propagandistas que recebem os produtos, em
que quantidade e o número dos lotes distribuídos.
Os
distribuidores são obrigados a manter a lista das farmácias,
drogarias e hospitais aos quais venderam, especificando o número
dos lotes e quantidades negociadas. Em caso de roubo de carga
ou queixa de consumidores que chegue até eles, têm
de comunicar o fato imediatamente à Vigilância
Sanitária e à polícia.
COMO
FALAR COM A VIGILÂNCIA SANITÁRIA?
A
fiscalização dos laboratórios e controle
dos medicamentos é de competência das coordenações
estaduais e municipais de Vigilância Sanitária,
ligadas às Secretarias de Saúde e independentes
do Ministério da Saúde.
Há
uma Coordenação de Vigilância Sanitária
em cada uma das capitais dos estados brasileiros e também
no Distrito Federal. Confira a seguir os telefones, caso você
precise fazer uma denúncia ou tenha uma suspeita para
ser investigada.
ACRE
Rio Branco
Tel.: (068) 223-1582
ALAGOAS
Maceió
Tel.: (082) 223-3102
AMAPÁ
Macapá
Tel.: (096) 223-0334
AMAZONAS
Manaus
Tel.: (092) 663-4663 Ramal: 211
BAHIA
Salvador Tel.: (071) 336-5344
CEARÁ
Fortaleza
Tel.: (085) 231-6060 Ramal: 21
DISTRITO
FEDERAL
Brasília
Tel.: (061) 325-4812
ESPÍRITO
SANTO
Vitória
Tel.: (027) 227-0717
235-1546
GOIÁS
Goiânia
Tel.: (062) 291-5005
MARANHÃO
São Luis
Tel.: (098) 246-5500
MATO
GROSSO
Cuiabá
Tel.: (065) 644-2297
313-2281 / 313-2284
MATO
GROSSO DO SUL
Campo Grande
Tel.: (067) 726-4077 Ramal: 215
MINAS
GERAIS
Belo Horizonte
Tel.: (031) 248-6100
PARÁ
Belém
Tel.: (091) 223-3339
224-4011 Ramal: 283
PARAÍBA
João Pessoa
Tel.: (083) 241-2958
PARANÁ
Curitiba
Tel.: (041) 333-3434
PERNAMBUCO
Recife
Tel.: (081) 412-6260 / 412-6261
412-6268 / 412-6000
PIAUÍ
Teresina
Tel.: (086) 221-9799
RIO
DE JANEIRO
Rio de Janeiro
Tel.: (021) 240-2007 / 240-5118
RIO
GRANDE DO NORTE
Natal
Tel.: (084) 211-4497 / 211-2828
211-4328 / 221-1522
Ramal: 213
RIO
GRANDE DO SUL
Porto Alegre
Tel.: (051) 227-3933
Ranal: 219
RONDÔNIA
Porto Velho
Tel.: (069) 223-3260
Ranal: 3261
RORAIMA
Boa Vista
Tel.: (095) 623-2771
Ramal: 206
SANTA
CATARINA
Florianópolis
Tel.: (048) 223-0822 / 222-9277
SÃO
PAULO
São Paulo
Tel.: (011) 256-2355 / 256-2747
257-7611 Ramais: 112 / 113
SERGIPE
Aracajú
Tel.: (079) 241-6878
241-6576
TOCANTINS
Palmas
Tel.: (063) 218-1774 / 218-1700
Você
também pode procurar o PROCON no seu estado.
ACRE
Rio Branco
Tel.: (068) 223-3950
Ramal: 2023
ALAGOAS
Maceió
Tel.: (082) 326-6845
326-6640
Ramal: 30
AMAZONAS
Manaus
Tel.: (092) 233-3292
633-8122
BAHIA
Salvador
Tel.: (071) 321-2439
321-4228
CEARÁ
Fortaleza
Tel.: (085) 252-1158
454-2025
DISTRITO
FEDERAL
Brasília
Tel.: (061) 347-3851
274-3141
ESPÍRITO
SANTO
Vitória
Tel.: (027) 223-5349
222-5111
GOIÁS
Goiânia
Tel.: (062) 225-5035
229-4542
MARANHÃO
São Luis
Tel.: (098) 231-0770
231-0021
MATO
GROSSO
Cuiabá
Tel.: (065) 322-6843
624-3505
MATO
GROSSO DO SUL
Campo Grande
Tel.: (067) 384-4323
724-4105
MINAS
GERAIS
Belo Horizonte
Tel.: (031) 295-3366
295-4843
PARÁ
Belém
Tel.: (091) 223-2613 / 223-2597
PARAÍBA
João Pessoa
Tel.: (083) 241-6171
241-3465
PARANÁ
Curitiba
Tel.: (041) 362-1512
362-1225
PERNAMBUCO
Recife
Tel.: (081) 423-3504
423-7257
RIO
DE JANEIRO
Rio de Janeiro
Tel.: (021) 232-6222
232-5836
RIO
GRANDE DO NORTE
Natal
Tel.: (084) 212-2569
212-1218
RIO
GRANDE DO SUL
Porto Alegre
Tel.: (051) 225-0247
225-0307
RONDÔNIA
Porto Velho
Tel.: (069) 224-4738
224-5129
RORAIMA
Boa Vista
Tel.: (095) 623-1357 / 623-1949
SANTA
CATARINA
Florianópolis
Tel.: (048) 216-1531
216-1517
SÃO
PAULO
São Paulo
Tel.: (011) 3105-5440
3105-6339
SERGIPE
Aracajú
Tel.: (079) 224-4497
224-1171
TOCANTINS
Palmas
Tel.: (063) 215-2052
218-1840
Colaboraram:
- Abifarma
- Conselho
Federal de Farmácia
- Conselho
Federal de Medicina
- IDEC
- Instituto de Defesa do Consumidor
- Instituto
Noel Nutels
- PROCON-SP
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