Marcelo
Zeltzer
Definição:
Estado
de progressiva deteriorização da articulação
vertebral, caracterizando por erosão da cartilagem articular
e neoformação óssea nas bordas articulares
(osteófitos).
Etiopatogenia:
Há
muitos anos atrás achava-se que a artrose era unicamente
uma doença senil, isto é o indivíduo obrigatoriamente
apresentaria essa doença a partir de certa idade e de
forma mais ou menos severa. Segundo este conceito a artrose
não representaria um processo mórbido, mais ao
contrário, um processo fisiológico evolutivo do
ser humano.
Através
de estudos em autópsias descobriu-se que as primeiras
alterações da artrose representam um envelhecimento
sistêmico das cartilagens. Descobriu-se também
através desses estudos que este processo pode ocorrer
já a partir da terceira idade.
Alguns
autores empregam o termo "envelhecimento da articulação"
e expõem dois aspectos fundamentais da doença:
a perda da capacidade de auto-duplicação dos condrócitos
e alterações fisico-químicas da matriz
da cartilagem que surgem independente das funções
celulares.
Já outros autores consideram a ação de
estresses mecânicos sobre a articulação
como fatores causadores da artrose. Eles consideram as juntas
como rolamentos, e explicam seu desgaste pela deficiência
da lubrificação (líquido sinovial).
Patologia:
As
primeiras alterações osteoartríticas consistem
no aparecimento de irregulariedades (osteófitos) ou perda
das camadas da superfície articular da cartilagem articular
e fissuras nas zona tangencial.
Durante o processo evolutivo haverá uma crescente erosão
da superfície e um aprofundamento das superfícies
verticais (fibrilação), até atingirem a
zona calcificada. Radiologicamente o osso subjacente revelará
uma hipertrofia e um aumento de densidade.
No
estágio final do processo a cartilagem desaparece quase
completamente da superfície articular e a lâmina
terminal óssea permanece em contato direto com o osso
ou com a cartilagem da superfície da junta adjacente.
A
artrose pode em algumas oportunidades produzir algias interescapsulares,
dores pseudopleurais, algias dorsais em cinta, dores episgástricas,
pseudovesiculres e pseudo apendiculares.
Ao
Raio-X observa-se pinçamento discal principalmente anterior
em várias alturas, explicando a cifose e osteofitose.
Pode
acometer um grupo de articulações devido a sua
permanente mobilidade e degeneração das cartilagens
articulares e neoformação óssea.
Alterações
Osteoartríticas (Doença articular degenerativa)
1-
Quadro clínico:
a-
Os sintomas de artrite são comuns em doenças
degenerativas de disco ou em articulações
continuamente expostas a trauma.
b- Podem se desenvolver osteófitos e invadir o canal
espinhal e forame intervertebral, causando assim sinais
neurológicos.
c- A articulação em degeneração
é vulnerável a compressão de faceta,
torção e inflamação, como é
qualquer articulação artrítica.
d- Em alguns pacientes, o movimento alivia os sintomas;
em outros, o movimento irrita as articulações
e os sintomas dolorosos aumentam.
2-
Manejo durante o período de dor aumentada:
a-
Para reduzir a tensão
1- Exercícios de relaxamento.
2- Tração mantida com força suficiente
para abrir o forame intervertebral e aliviar a pressão
nas raízes nervosas. Se causar irritação,
não deve ser usada.
b- Para aumentar a mobilidade use técnicas de amplitude
de movimento e contração-relaxamento dentro
da tolerância dos pacientes.
c- Ensine ao paciente medidas preventivas e posturas para
aliviar as sobrecargas mecânicas.
d- Se o movimento agrava os sintomas, reduza o movimento
com suporte passivo (colar cervical, colete dorsal ou lombar
para diminuir o sintoma levando em conta a altura em que
se encontram os osteófitos, e os pontos de dor),
e aumente a força muscular começando com exercícios
isométricos.
e- Precauções: Devido ao estreitamento do
forame e canal espinhal, deve ser evitada inclinação
para trás e inclinação para trás
com rotação, já que esses movimentos
estreitam ainda mais o forame.
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Marcelo
Zeltzer
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Fisioterapeuta
- Petrópolis/RJ
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