Marcelo
Zeltzer
Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao
trabalho) - São movimentos repetidos de qualquer
parte do corpo que podem provocar lesões em tendões,
músculos e articulações, principalmente
dos membros superiores, ombros e pescoço devido
ao uso repetitivo ou a manutenção de posturas
inadequadas resultando em dor fadiga e declínio
do desempenho profissional tendo como vítimas mais
comuns os: digitadores, datilógrafos, bancários
telefonistas e secretárias. O termo Dort - (Distúrbio
osteomuscular relacionado ao trabalho), adotado no Bradil
não é mais utilizado preferindo-se atualmente
a denominação Doenças Osteomusculares
Relacionadas ao Trabalho (DORT).
Ergonomia
É o estudo dos aspectos do trabalho e sua relação
com o conforto e bem-estar do trabalhador. Esta mais ligada
às posturas, movimentos e ritmo determinados pela
atividade e conteúdo dessa atividade, nos seus
aspectos físicos e mentais. A ergonomia intervém
analisando o trabalho, as posturas adotadas pelo trabalhador,
sua movimentação e seu ritmo que de modo
geral são determinados por outros fatores organizacionais.
O objetivo principal da ergonomia é dar condições
de trabalho onde haja maior conforto e bem-estar do operador
a partir da análise da atividade. As melhorias
ergonômicas se referem a vários aspectos
do trabalho, tais como: cadeiras, mesas, bancadas; o planejamento
e localização de dispositivos emadeirais
de trabalho; a quantidade, qualidade e localização
da iluminação; indicações
sobre melhorias na organização da atividade,
incluindo o planejamento de novos dispositivos de trabalho
ou modificação nos existentes e alteração
ritmo sequenciamento de várias tarefas desempenhadas
pelo operador.
O aparecimento de disfunções ligadas ao
sistema músculo-esquelético ocorre em grande
número nas indústrias e nos serviços
que parecem ter como conseqüência este tipo
de problema ocupacional. Esta síndrome já
foi detectada entre operários de linha de montagem,
datilógrafos, digitadores, operadores de caixa,
costureiras, entre outros tipos de funções
nas indústrias e nos serviços.
Uma vez que a Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) é uma conseqüência
de vários fatores do trabalho, atuando conjuntamente,
que dizem respeito principalmente as posturas, movimentos
e sua frequência, a ergonomia é mais utilizada
em sua prevenção.
FATORES DETERMINANTES DA Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho)
Os
principais fatores determinantes da Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) são:
1
- Postura:
Posturas fixas são um fator de risco principalmente
em trabalhos sedentários. No entanto em trabalhos
mais dinâmicos, com posturas extremas de tronco
como por exemplo abaixar-se e virar-se de lado também
foram identificados como fatores de risco.
As más posturas de extremidades superiores também
se constituem como fatores de risco, tais como: desvios
dos punhos, braços torcionados e elevação
do ombro.
Todos esses desvios são influenciados por uma série
de fatores ocupacionais e individuais, incluindo característica
do posto de trabalho, Ex: altura da mesa, da cadeira,
formato da cadeira e seu encosto, etc.
2
- Movimento e força:
Estes dois fatores estão correlacionados ao
aparecimento da Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) nas mãos e punhos. A combinação
de forças elevadas e alta repetitividade aumentam
a magnitude da lesão mais do que qualquer uma delas
isoladamente.
Movimentos repetidos podem danificar diretamente os tendões
através do freqüente alongamento e flexão
dos músculos.
A força exercida durante a realização
dos movimentos é outro determinante das lesões,
como por exemplo, no levantamento, carregamento e utilização
de ferramentas pesadas; a força necessária
para cortar objetos muito duros, a utilização
de parafusadoras e furadeiras.
3
- Conteúdo de trabalho e fatores psicológicos:
A relação entre trabalho e a saúde
é afetada pela organização do trabalho
e fatores psicológicos relacionados ao trabalho,
podendo contribuir para o aparecimento de disfunções
músculo-esqueléticas. Passou-se a estabelecer
a relação entre trabalho, stress e o sistema
músculo-esquelético.
4
- Características individuais:
O tipo de musculatura e características individuais
parecem manter uma relação com a incidência
dos problemas. Nesse sentido, as mulheres parecem ser
mais suscetíveis que os homens. A distribuição
de tarefas por sexo e consequentemente na carga do trabalho
determinam o aparecimento de problemas e estão
ligados as características individuais.
Avaliação
das lesões crônicas da mão:
História:
Começamos colhendo informações
referentes ao paciente como: nome, idade, sexo, endereço,
profissão, hábitos de laser e mão
dominante. A seguir perguntamos sobre a natureza da lesão,
o agente causador, quais foram as possíveis causas,
o momento exato. A natureza e a extensão da lesão
inicial devem ser esclarecidas com precisão, tais
como lesões antigas no membro superior.
Exame físico:
O exame físico é dirigido para a pesquisa
da queixa principal, mas todo o membro superior deve ser
examinado e comparado com o lado normal. Edemas localizados,
condições da pele, deformidades nos dedos,
alterações de coloração, hipotrofias
musculares podem ser percebidas na inspeção
e podem indicar o diagnóstico da causa ou origem
da lesão.
No exame da movimentação ativa pesquisamos
rigidez articular e instabilidades a movimentação
ativa, o estado dos músculos tendões e nervos.
O teste de sensibilidade pode ser realizado através
da pesquisa da sensibilidade táctil e de dois pontos.
Testes Especiais:
1 - Teste de Phalen - Ambos os punhos em flexão
provocam a precipitação dos sintomas de
formigamento, hipoestesia ou hiperestesia no território
inervado pelo nervo mediano. Isto ocorre porque esta posição
diminui o continente do túnel e precipita os sintomas
da Síndrome do túnel do carpo.
2 - Sinal de Tinel - A percursão do nervo mediano
ao nível do canal do carpo ou imediatamente proximal
a ele pode provocar choques ou hiperestesia no território
inervado pelo nervo mediano na Síndrome do túnel
do carpo.
3 - Sensibilidade discriminativa de dois pontos estáticos
(Weber) - este teste de sensibilidade entre dois pontos
mede a densidade de inervação cutânea
quanto ao número de fibras de adaptação
lenta e sistema de receptores. É bastante útil
para estabelecer o grau de comprometimento de um nervo
periférico sensitivo.
4 - Sensibilidade entre dois pontos móveis - mede
a densidade de inervação de fibras de adaptação
rápida e sistema de receptores.
5 - Teste motor - Procurar determinar a existência
de paresias comparando sempre com o lado contralateral,
dando importância ao lado dominante do paciente
e ao biotipo do paciente.
Patologias
encontradas com mais frequência nos mecanismos por
esforços repetitivos.
1-
Síndrome do túnel do carpo:
O que é túnel do carpo?
É o canal formado anatomicamente pelos ossos
localizados na região do carpo (punho) e por um
ligamento forte na região do carpo.
As paredes laterais e o assoalho são constituidas
pelos ossos do carpo e o teto pelo lig. transverso do
carpo. O túnel do carpo contém tendões
que flexionam os dedos e o polegar e o nervo mediano que
proporciona sensibilidade ao polegar, indicador e metade
radial do anular.
Quais são as causas?
É causada por uma compressão do nervo
mediano no canal do carpo e pode ser causada por vários
problemas. Um aumento do volume do conteúdo do
canal do carpo ou uma diminuição no continente
criam situações de compressão do
nervo mediano contra o ligamento transverso do carpo.
Algumas
causas de compressão do nervo mediano no canal
do carpo:
A)
Inflamação ou edema nos tendões
e bainhas tendinosas no canal do carpo;
B) Retenção de líquido;
C) Lesões por esmagamento;
D) Edema na mão e antebraço;
E) Alargamento do nervo mediano;
F) Condições sistêmicas (gravidez,
anticoncepcional):
G) Fraturas e luxação ao nível
do punho:
H) Artrite reumatóide;
I) alargamento do nervo mediano.
Sinais
e sintomas: Manifestações mais comuns
são: formigamento, adormecimento e queimação
do polegar, dedo indicador, médio e metade do anular.
Ocorrem mais comumente à noite e nas primeiras
horas da manhã. A dor pode irradiar para cotovelo,
ombro e região cervical.
A diminuição da sensibilidade da mão
pode causar fraqueza e perda da capacidade funcional da
mão. Os pacientes geralmente referem que deixam
cair objetos e que não conseguem sentir suas temperaturas,
a mão pode ficar fria e seca.
Pode haver atrofia da região tenar, e quando comparado
uma mão com a outra há um achatamento desta
região.
Condições
mais propensas a desenvolver a doença:
A
síndrome do túnel do carpo pode estar relacionada
com a idade, o sexo, a ocupação, a fatores
hereditários e a condições médicas.
Trabalhos que requerem o uso da palma da mão com
pressões e esforços repetidos ao nível
do punho podem aumentar a possibilidade de desenvolvimento
de uma síndrome do túnel do carpo.
Diagnóstico:
Teste de Tinel - Percussão da área do
nervo mediano e obtenção de choque irradiado
para o nervo mediano.
Teste de Phalen - Flexão passiva do punho por
um período de um minuto e será positivo
se o paciente referir dor, choque ou adormecimento na
área inervada pelo mediano.
Teste de sensibilidade discriminativa de dois pontos revelará
perda da função sensitiva na região
inervada pelo N. Mediano.
Tratamento conservador
Os pacientes com poucos sintomas devem iniciara o
tratamento conservador. O tratamento conservador é
realizado pelo uso de órtese para alívio
dos sintomas e fisioterapia. O tempo que o paciente deverá
usar a órtese varia de paciente para paciente e
é de acordo com a preferência do médico.
Tratamento
cirúrgico:
É realizado quando os pacientes não
apresentam melhora com o tratamento conservador. A cirurgia
é realizada com anestesia local e é realizado
uma incisão no ligamento transverso do carpo, que
aliviará a compressão do nervo mediano.
2
- Síndrome do túnel cubital:
O que é túnel cubital?
É um canal localizado ao nível do cotovelo
por onde passa o nervo ulnar, cujos limites são:
epicôndilo medial anteriormente, lig. ulno-umeral
lateralmente e póstero-medialmente as duas cabeças
do flexor ulnar do carpo. O teto do túnel é
formado por uma banda fibrosa que se estende do olécrano
ao epicôndilo medial.
Quais as causas?
Algumas doenças podem predispor esta neuropatia
compressiva, são: diabetes, insuficiência
renal, desnutrição, alcoolismo crônico,
hemofilia, lepra, mieloma múltiplo, acromegalia
e outras.
Podem ser também por condições patológicas,
traumáticas ou anatômicas.
Quadro clínico:
Paciente refere dor no cotovelo, parestesias, hipoestesia
no território do N. Ulnar e paresia dos músculos
inervados pelo N. Ulnar.
Tratamento
O tratamento conservador sempre deve ser realizado
e inclui o repouso do cotovelo, medicação
anti-inflamatória, uso de órtese e fisioterapia.
Quando o paciente não evolui bem há indicação
de procedimento cirúrgico - neurólise do
nervo ulnar ao nível do cotovelo, com ou sem epicondilectomia,
Transposição superficial.
3
- Síndrome do canal de Guyon:
É a compressão do nervo ulnar ao nível
do punho no canal descrito por Guyon.
Limites:
-
medial: psiforme e origem tendinosa do abdutor do
dedo mínimo;
- lateral: hâmulo do hamato e expansão
da fáscia do palmar longo;
- teto: ligamento carpal volar (piso-hamático);
- assoalho: pelos ossos do carpo.
Etiologia:
Uma das causas mais comuns é a compressão
do N. Ulnar no canal de Guyon por um cisto sinovial. Outras
causas são alterações da artéria
ulnar que passa junto ao n. Ulnar e fraturas dos ossos
do carpo.
Quadro clínico:
Dor ao nível do bordo medial do punho e alterações
de sensibilidade no dedo mínimo e metade medial
do dedo anular. Pode haver paresia progressiva dos músculos
intrínsecos da mão inervados pelo nervo
ulnar.
Tratamento:
Quando se detecta uma causa física da compressão
há indicação cirúrgica para
descompressão do nervo ulnar. Nas alterações
anatômicas pode-se tentar tratamento conservador
com repouso, uso de órtese, medicação
anti-inflamatória, medicação anti-inflamatória
e fisioterapia. Na persistência dos sintomas deve-se
indicar cirurgia para promover descompressão do
nervo.
Tenosinovite
estenosante DeQuervain
Anatomia:
Na região dorsal do punho estão os tendões
estensores dos dedos, polegar e do punho. Estes tendões
passam por 6 túneis que formam o retináculo
dos estensores ou ligamento carpal dorsal.
O primeiro compartimento dorsal é o mais lateral
de todos e nele passam os tendões abdutor longo
do polegar e extensor curto do polegar. Estes tendões
têm função de afastar o polegar da
mão e movimentar o punho.
O que é tenosinovite DeQuervain?
A moléstia de DeQuervain é um processo
inflamatório agudo dos tendões do 1°compartimento
dorsal do punho. O tecido sinovial que envolve o 1°
compartimento dorsal sofre um processo de espessamento
e edema diminuindo o continente deste túnel. Os
tendões podem inchar ao redor desta constrição
e so0frer aderências.
O que causa a tenosinovite DeQuervain?
Essa inflamação pode ocorrer por qualquer
condição que cause alteração
anatômica do primeiro compartimento ou edema e espessamento
dos tendões e bainhas. Traumas repetidos, esforços
repetidos, reumatismo pode precipitar a doença,
mas em muitos casos não há uma causa bem
definida.
Quem desenvolve a doença?
Ocorre mais freqüentemente entre os 30 e 50 anos,
as mulheres são mais acometidas numa razão
de 8/1. As pessoas que desenvolvem tarefas com movimentos
repetidos de lateralização do punho com
preensão utilizando o polegar são mais predispostas
a desenvolver esta patologia.
Sinais e sintomas:
O sintoma principal é dor na base do polegar. Pode
haver irradiação da dor para o polegar e
antebraço. A dor normalmente piora com o esforço
físico da mão. Pode haver e crepitação
na região lateral do punho.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através da
dor no lado radial do punho associado a certo grau de
edema. O sinal de Finkelstein é positivo: neste
teste a manobra de desvio ulnar do punho com mão
fechada é extremamente dolorosa nos pacientes portadores
da doença.
Tratamento
conservador:
Normalmente inicia-se o tratamento com medicação
anti-inflamatória e uso de imobilizador (gesso
ou órtese) A infiltração com corticóide
pode ser utilizada também para melhorar o processo
anti-inflamatório, bem como a fisioterapia.
Tratamento cirúrgico:
Se os sintomas persistirem apesar do tratamento conservador
a cirurgia estará indicada. Realiza-se uma incisão
transversa sob o primeiro compartimento dorsal, seccionamos
o ligamento dorsal do carpo e expõem-se os tendões
abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar que
são testados qto a mobilidade e aderências,
a ferida é então fechada.
Pós-operatório:
O paciente é mantido com curativo e orientado
a movimentar o polegar dentro do limite da sua dor. A
recidiva é rara.
Prevenção
da Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho):
-
Modificação do mobiliário:
- Conforto é essencial para a prevenção.
- Os postos de trabalho devem ser feitos para acomodar
o trabalhador no seu ambiente para que ele tenha uma
movimentação eficiente e segura.
- As operações mais freqüentes devem
estar ao alcance das mãos.
- As máquinas devem se posicionar de forma que
o trabalhador não tenha que se curvar ou torcer
o tronco para pegar ou utilizar ferramentas com frequência.
- A mesa deve ser planejada de acordo com a altura de
cada pessoa e ter espaço para as movimentações
das pernas.
- As cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos
pés, formato anatômico para o quadril e
encosto ajustável ao trabalhador.
Planejamento
dos métodos de trabalho:
As
pessoas devem aprender a identificar os sinais do próprio
corpo, o que permite perceber o início de qualquer
desconforto. O importante é não deixar que
as dores pequenas evoluam.
Pausas - As pausas nos trabalho devem permitir principalmente
um alívio para os músculos mais ativos.
Diferente da pausa para a recuperação do
esforço físico pesado.
Obs: ainda não existe um esquema que estipule o
tempo de pausa para evitar a tensão do trabalho
muscular localizado, mas o ideal é após
50 min. 1 hora de trabalho como por exemplo em frente
ao computador fazer uma pausa de 5 a 10 min. por hora..
Durante a pausa, pode-se levantar, caminhar um pouco e
se possível fazer um exercício de alongamento.
Exemplo: Entrelaçar os dedos das mãos,
virando as palmas das mãos para frente e esticando
os braços para frente e para cima. Ajuda a relaxar
o braço.
Outro alongamento é flexão e extensão
de pescoço.
Fortalecimento muscular: Em casa para fortalecer os
dedos da mãos, punhos e antebraços é
apertar uma bola de tênis ou de borracha repetidas
vezes. Aperta com dois dedos um é sempre o polegar,
vai variando os dedos (um de cada vez).
Formas
fisioterápicas de tratamento:
Crioterapia:
Está indicado quando se objetiva a diminuição
do processo inflamatório agudo e do edema e à
analgesia. As manobras de compressão e elevação
do membro potencializam sua eficácia no controle
do edema agudo. O frio pode se usado com bolsa contendo
gelo picado ou gelo mole. (3 partes de água para
1 de álcool). Duração de 10 a 30
min. podendo ser feito várias vezes ao dia principalmente
na fase aguda.
Contra-indicação: processos artríticos,
rigidez articular, insuficiência vascular periférica.
Termoterapia:
O calor é um excelente método terapêutico,
melhora o metabolismo e a circulação local,
aumenta a elasticidade do tecido conectivo, relaxa a musculatura
e causa analgesia.
Calor superficial: Como exemplo temos: bolsas térmicas,
banho de parafina, infra-vermelho e turbilhão.
Quando se objetiva administrar em extremidade sendo o
banho de parafina o mais indicado.
O tempo ideal de aplicação é de 10
a 15 min.
Calor profundo: Métodos mais utilizados são
o ultra-som, ondas curtas e microondas.
A diatermia por microondas e ondas-curtas é normalmente
utilizada quando determinada região está
sendo preparada para a cinesioterapia, por propiciar o
relaxamento músculo-tendíneo.
O ultra-som aplicado a intensidade de 0,75 a 1,0 w/cm2
provoca aquecimento profundo, analgesia, melhora a circulação,
aumenta a elasticidade, extensibilidade tecidual e reduz
a rigidez osteo-músculo-ligamentar.
Cinesioterapia:
Os músculos dos pacientes portadores de Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho)
são geralmente hipertônicos, encurtados e
cronicamente fatigados.
Alongamento muscular - Importante alongar o músculo
encurtado e fatigado para devolver ao seu comprimento
de repouso, condição fundamental para que
adquira a sua potência máxima.
Músculos mais comuns de estarem encurtados: músculos
intrínsecos da mão, extensores dos dedos
e punhos, bíceps, tríceps, trapézio
e os da cintura escapular.
Músculos mais comuns de estarem fatigados cronicamente:
músculos da cintura escapular e os antigravitacionais.
Depois de alongados e passados a fase de dor, os músculos
devem ser fortalecidos, para que possam de novo exercer
as atividades diárias e completar a fase final
da reabilitação que é o retorno ao
trabalho. Inicialmente os exercícios isométricos,
seguindo-se os exercícios resistidos, para o desenvolvimento
da força e da resistência do músculo.
Massagem
Pode ser feita domiciliarmente e pelo próprio
paciente. O método não é eficaz se
não for realizado conjuntamente a cinesioterapia
e alongamento de estruturas contraturadas e tensionadas.
A massagem a ser utilizada pode ser a massagem clássica.
O efeito da massagem proporciona um relaxamento muscular.
Os portadores de Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) podem ter também aumento da
tensão muscular nas regiões cervical, escapular
e dorsal.
- Marcelo
Zeltzer
- Fisioterapeuta
- Petrópolis/RJ
Bibliografia
Consultada
1
- Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho)
Codo, Wanderley e Almeida, Maria Celeste C. G. de
Editora Vozes - Petrópolis -RJ - 1995
2
- REVISTA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO
V. 4, n° 2. pág. 83-85 - jul/dez. 1997.
LESÕES POR ESFORÇOS REPETIDOS EM DIGITADORES
DO CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO BANESTADO - LONDRINA,
PARANÁ, BRASIL
Eliane de Barros Barbosa; Fabíola Dinardi Borges;
Luciana de Paula Dias; Gisela Fabris; Fernanda Frigeri;
Celita Salmaso.
3
- JORNAL O GLOBO - JORNAL DA FAMÍLIA - págs.
5 e 6 17/08/1997 |