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O que há de novo na Endometriose?
 

Dra. Maria Cristina S. Biazotti

Endometriose é uma doença patologicamente benigna caracterizada pela presença de implantes endometriais ectópicos. Estes implantes estão geralmente associados a uma reação inflamatória, podendo levar à formação de aderências e distorções anatômicas. Dismenorréia (cólica menstrual), dispareunia (dor durante a relação sexual) e infertilidade estão freqüentemente associadas à endometriose. O diagnóstico requer visualização direta, através da videolaparoscopia, com posterior avaliação anatomopatológica. A endometriose é encontrada em aproximadamente 8% a 10% das mulheres na idade reprodutiva e tem sido observada em 26 a 39% das mulheres com esterilidade primária e em 12 a 25% das mulheres com esterilidade secundária . Segundo o grau de acometimento, pode ser classificada por estágios (I, II, III e IV). Quanto à etiologia, demonstrou-se que pacientes com endometriose apresentariam um decréscimo na atividade de determinados linfócitos, denominados natural killers. Portanto, esta doença surge em decorrência de uma deficiência imunológica específica que impede a destruição das células endometriais viáveis. O tratamento inclui cauterização cirúrgica do tecido comprometido e/ou supressão hormonal com medicamentos, que levariam a uma ablação química do tecido comprometido, por falta de estímulo. Quando não se obtém gravidez após o tratamento clínico, pode-se indicar a fertilização "in vitro" FIV.

Dra. Maria Cristina Biazotti
Especialista em Reprodução Humana com formação na Clinique Saint-Antoine, Rouen, França e Maternité Port-Royal, Paris, França
Mestra em Tocoginecologia Pela Unicamp

 

 
 

 
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