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Nas criações, o descuido
na destruição dos animais mortos gera uma série
de problemas que podem ser assim resumidos:
incomodo
proporcionado por um cadáver em putrefação
ao ar livre;
- perigo
de propagação de diversas doenças, feita
por meio de urubus, cães, moscas, pó e água;
- a
perda de outros animais contagiados pelos restos insepultos
e não destruídos.
O
enterramento em profundidade insuficiente e a incineração
incompleta não resolvem os citados problemas.
A incineração deve reduzir o corpo do animal a
cinzas. A sua execução não é fácil
nem barata, pois um animal de 500 quilos, para ser bem incinerado,
necessita de 200 quilos de lenha e alguns litros de querosene
ou gasolina.
Para ser eficiente, a incineração precisa ser
feita da seguinte forma:
- junto
ao lugar onde se encontre o animal morto, abre-se um buraco
retangular de 1,60 metros de comprimento por 0,80m de largura
e 0,60m de profundidade;
- no
seu interior espalha-se o combustível;
- na
boca do buraco colocam-se diversas barras de ferro formando
uma grelha. Sobre a grelha coloca-se o cadáver;
- antes
de acender o fogo, rasga-se com uma faca a cavidade abdominal
do animal morto, a fim de ser evitada a expulsão violenta
de gases e líquidos com a elevação da
temperatura.
O
enterramento também pode ser eficiente, desde que seja
bem feito, de acordo com as seguintes indicações:
os restos devem descansar no fundo de uma cova, ficando livre
pelo menos um espaço de 0,50 metros até a superfície
do terreno;
- antes
da cobertura, devem ser tapados com terra os espaços
vazios em torno do cadáver;
- depois
será colocada em toda a extensão da cova uma
camada de 10 cm de cal viva, que deverá, finalmente,
ser coberta com uma camada de terra bem socada.
O
local onde o animal morreu deverá ser queimado, e todos
os utensílios usados deverão ser desinfectados.
Sempre que possível, o animal deverá ser enterrado
ou incinerado no próprio local da morte, a fim de que
não seja arrastado por outros locais.
Em
um estabelecimento de criação bem organizado deve
ser destinado, a cemitério, uma pequena área de
terreno. Então, o transporte dos cadáveres será
feito com os devidos cuidados, sobre uma zona especial que será
desinfectada logo depois de utilizada.
Os
fornos crematórios e digestores, embora eficientes, são
caros e em geral não estão ao alcance do criador
comum.
A
pele de animais mortos de doença não contagiosa
pode ser aproveitada, assim como a carne de animais vitimados
por acidentes, como coices, chifradas ou quedas.
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Lúcia
Helena Salvetti De Cicco
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Direotra de Conteúdo e Editora
Chefe
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